Quem não aprende com os erros do passado irá repeti-los no futuro.
É assustador que os americanos não tenham aprendido a verdadeira causa da Crise de 2008, atribuído à ganância dos banqueiros, aos bônus dos administradores, ao mercado não suficientemente regulamentado por professores de universidades, que são os principais proponentes destas propostas.
Quem acompanhou as análises de BQDC sabe a nossa opinião.
Esta crise teve o seu início, a sua força motriz, no incentivo fiscal de dedutibilidade de todos os juros NOMINAIS de dívidas imobiliárias. Até 1,1 milhão de dólares por americano.
Um incentivo para o super endividamento, quem compra casa à vista não tem dedutibilidade.
Só americano, de todos os povos, refinancia a sua casa, o second mortgage, tambem chamado "equity carve out", depois de saldar 80% de sua dívida. Só que desta vez a casa já está quase quitada, e o dinheiro é usado para comprar carros da GM, com juros dedutiveis.
Por isto, o americano é o povo mais endividado do mundo e numa crise de bancos, empresas como a GM também vão à falência e compras a prazo despencam. Pior, embora menos que 10% comprem casas de 1 milhão, elas custam 8 vezes mais do que o preço médio de US$ 160.000,00. São 70 bilhões de subsídios por ano, por isto bancos podiam emprestar para os sub-prime. Era o governo que iria pagar 50% ou mais da casa própria.
Estes professores devem morar em casas alugadas de suas universidades, razão pela qual nenhum professor americano comenta este absurdo fiscal.
A Califórnia está agora revisando suas leis tributárias, mas a dedutibilidade dos juros NOMINAIS continuará. Ou seja, teremos mais uma crise em 2025, já que a primeira crise imobiliária foi em 1988, ou seja cada 20 anos. Ciclo econômico causado pelo próprio governo americano.
No máximo deveria ser somente o juro REAL dedutível, ou somente até US$100.000 para casa populares, e somente uma vez na vida.
Ledo engano.
Fonte: blog de Stephan Kanitz
quinta-feira, 18 de março de 2010
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