Muito além das plantas dos imóveis, os itens de lazer têm recebido a devida atenção de quem procura um imóvel para comprar ou alugar. Mas o conforto pode custar caro. Reflete não só no preço final do imóvel, mas principalmente na taxa de condomínio. “Quem assume o compromisso de morar em condomínios como estes deve estar ciente do ônus a pagar que é a manutenção da infra-estrutura”, alerta o engenheiro, arquiteto e chefe de gabinete do Crea-Bahia, Giesi Nascimento Filho. De acordo com ele, a oferta de condomínios com ampla variedade de itens de lazer e serviços não é uma tendência exclusiva na Bahia. “Esta é uma tendência e o mercado demanda por isso. Mas é preciso atenção ao assumir o compromisso“, completa.
Para Nascimento, esta tendência se confirma na disposição de clientes que preferem pagar pelo serviço que não utilizam para garantir o preço de revenda. “Estamos vendo que há dificuldade em vender imóveis que não oferecem itens básicos de lazer, como piscina e vagas extras de garagem, por exemplo”. Diante desta tendência, o setor imobiliário tem buscado alternativas para baratear as taxas de condomínio. Empreendimento lançado recentemente na região da Avenida Garibaldi aposta no grande número de apartamentos para “diluir” os custos de manutenção. “Oferecemos 40 itens de lazer, mas o custo será dividido por 372 apartamentos. Estimamos uma taxa de condomínio em torno de R$ 450”, comenta Fernando Motta, diretor da Rossi, empresa responsável pelo projeto. Outra alternativa é a adoção do sistema Pay-Per-Use, em que o morador paga apenas pelo serviço que usar. “O alto custo de manutenção da estrutura e dos serviços foi o grande problema dos antigos apart-hotéis, hoje lançamos um modelo que se adequa às necessidades dos moradores”, afirma o diretor da Akasa, Eduardo Olivieri. Responsável por um lançamento na Pituba, ele diz que é possível oferecer conforto e serviços sem onerar as taxas de condomínio. “Neste empreendimento, por exemplo, vamos promover a economia através da captação de água pluvial e sistema de tratamento de águas cinzas, barateando o custo final de manutenção“.
texto de A Tarde
sexta-feira, 19 de março de 2010
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