quinta-feira, 18 de março de 2010

Venda de imóveis usados movimenta R$ 7 bilhões

Thais Rocha, do A TARDE

Nem só de lançamentos vive o mercado imobiliário. Cerca de 70% das negociações do setor na Bahia envolvem imóveis usados, segundo a estimativa do diretor de habitação da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), José Azevedo Filho. Estas negociações, segundo ele, movimentam mais de R$ 7 bilhões ao ano, número que pode ser ainda maior, já que não há números oficiais sobre o setor.

A maioria das negociações acontece entre compradores e vendedoras da capital e do interior. “Há muitos casos de famílias que vão morar no interior ou que enviam os filhos para estudar na capital”, comenta. Nestes casos, imobiliárias costumam manter certa rede de contatos para facilitar nas negociações, mas o sucesso do processo depende muito da rede formada por cada uma das empresas.

Como o segmento costuma ser operado por empresas familiares, uma multinacional passou a explorar este potencial. A Remax foi apresentada ao mercado baiano na semana passada propondo a criação de ampla rede de imobiliárias para negociações de forma remota.

O vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), Luiz Alberto Vasconcelos, comenta que a formação de redes não é uma estratégia nova na Bahia. “O sucesso depende da forma como esta rede é formada, só não sei se o mercado vai receber bem a metodologia desta nova empresa”, avalia.

O conceito da Remax é formar uma rede de franquias com pequenas imobiliárias e estabelecer um banco de dados único. “Através desta rede é possível negociar imóveis em 78 países”, diz o presidente da empresa, Dave Liniger.

No Brasil, a Remax chega operando na Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Dave Liniger conta que foram os franqueados em Portugal que chamaram a atenção para o País.

Há três anos, eles apresentaram o potencial dos terrenos no litoral norte da Bahia. “Passamos três anos analisando o mercado, treinando pessoal e investindo na prospecção da marca no País”, explica Liniger.

De acordo com ele, o Brasil é a “menina dos olhos” do mercado mundial de imóveis, junto com a Rússia, China e Índia, o bloco de países considerados com maior potencial de crescimento econômico.

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