Nos últimos anos, o financiamento bancário se transformou na mais popular forma de aquisição da casa própria no Brasil. Conseqüência da ampliação no prazo dos financiamentos, a expansão retrata o atual aumento na renda dos consumidores.
Grandes instituições financeiras, como Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco,dominam o mercado de crédito imobiliário e oferecem diferentes vantagens para os seus correntistas. Os documentos necessários para a aquisição de um financiamento também variam de banco para banco, e alguns aceitam apenas a declaração do Imposto de Renda como comprovante de renda.
Os bancos levam de 20 a 40 dias, em média, para analisar o pedido de crédito. Já a liberação do dinheiro tem um trâmite de cerca de um mês.
Confira algumas dicas antes de escolher o financiamento:
Faça as contas
Definir o tipo de financiamento a ser adotado nem sempre é uma tarefa fácil, e não existe uma melhor opção que sirva para todos. É preciso fazer as contas, levando em consideração a existência de gastos com aluguel e o valor do imóvel que se pretende adquirir.
Também é necessário comparar as taxas de juros e prazos dos financiamentos. Uma pequena redução na taxa de juros já é capaz de resultar em uma enorme diferença. Ao financiar R$ 100 mil por 30 anos, a redução de 1 ponto porcentual nos juros, de 12% para 11%, significa economia de R$ 13.670.
O tipo mais comum de financiamento é feito nas condições do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e há pelo menos três bases de cálculo para as prestações: SAC, Tabela Price e Prestação Fixa. Neste sistema, o devedor tem o direito de amortizar a dívida quando quiser. O mais aconselhável é economizar uma boa quantia para fazê-lo. Pode-se abater diminuindo o prazo ou diminuindo do valor da prestação. Os juros variam de acordo com o valor do imóvel.
Veja abaixo as condições de financiamento oferecidas por bancos (sistema SFH):
Caixa Econômica Federal
Valor do financiamento: até R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: não há mínimo e o máximo é de R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 30 anos (se a taxa for pós-fixada) ou 15 anos (pré-fixada)
Reajustes mensais: Taxa Referencial (TR)
Sistema de Amortização: Sistema de Amortização Constante (SAC)
Uso de FGTS: sim, desde que atendidas as regras específicas desse fundo. (Veja as regras em: http://www.caixa.gov.br/habitacao/ut_rec_fgts_casa_propria/index.asp)
Itaú
Valor do financiamento: de R$ 20 mil a R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: de R$ 40 mil a R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 25 anos
Reajuste mensais: TR
Sistema de amortização: SAC
Uso do FGTS: Sim, desde que enquadrado nas regras de utilização. Veja as regras em: https://ww3.itau.com.br/imobline/pre/fgts/fgts.aspx?imob_tipoBkl=&ident_bkl=pre
Bradesco
Valor do financiamento: até R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: não há mínimo. O máximo é de R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 25 anos para prestação atualizada e prefixada
Reajustes mensais: TR ou prefixada
Sistema de amortização: SAC e Tabela Price
Uso de FGTS: sim, exceto no plano SFH Light, dirigido a quem já tem outro imóvel ou financiamento pelo SFH. Veja as regras em: http://www.bradescoimoveis.com.br/conteudo/content.aspx?id=8&t=f&menu=2&cnt=uso%20do%20fgts
Unibanco
Valor do financiamento: de R$ 20 mil a R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: de R$ 40 mil a R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 25 anos
Correção de reajuste mensais: TR
Sistema de amortização: SAC
Uso de FGTS: sim, desde que enquadrado nas regras de utilização. Veja as regras em: http://www.unibanco.com.br/imo/fin/index.asp?selected=290
HSBC
Valor do financiamento: de R$ 20 mil a R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: de R$ 50 mil a R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 20 anos
Reajuste mensais: TR
Sistema de amortização: SAC
Uso do FGTS: Sim, desde que enquadrado nas regras de utilização. Veja as regras em: http://www.hsbc.com.br/para-voce/emprestimos-financiamentos/credito-imobiliario.shtml
Real
Valor do financiamento: de R$ 20 mil a R$ 245 mil
Valores mínimos e máximos do imóvel: de R$ 46 mil a R$ 350 mil
Prazo máximo para quitar a dívida: 25 anos
Reajuste mensais: TR
Sistema de amortização: SAC
Uso do FGTS: sim, desde que enquadrado nas regras de utilização. Veja as regras em: http://www.bancoreal.com.br/creditoimobiliario/quero_contratar/tpl_compra_imovel_residencial.shtm
Santander
Possui dois tipos de financiamento. No Super Casa Parcelas Fixas, o empréstimo é de até 80% do valor do imóvel, sendo mínimo de R$ 20 mil e máximo de R$ 800 mil.
Prazo para quitar a dívida: 30 anos
Taxa de juros: 13,95% ao ano
Uso do FGTS: sim, desde que enquadradode utilização. Veja regras em http://www.santander.com.br/portal/gsb/script/templates/GCMRequest.do?page=2671
Já no Super Casa - Parcelas Atualizáveis, o FGTS também pode ser usado, mas o sistema de amortização difere conforme o valor do imóvel. Para imóveis residenciais, de R$ 40 mil até R$ 120 mil, nos primeiros 36 meses, vigora o Sistema de Amortização Crescente (SACRE). Ele mantém as prestações constantes, com parcelas de amortização crescente e juros decrescentes. Depois de 36 meses, entra o SAC. O cliente quita seu saldo devedor de modo constante. Nesse produto, o saldo é corrigido monetariamente pela TR, divulgada diariamente pelo Banco Central.
Para imóveis residenciais acima de R$ 120 mil, a única forma de quitar a dívida é o SAC. O saldo é corrigido monetariamente pela TR.
Dicas
- Dê entrada no processo de financiamento durante o período de busca pelo imóvel. Você levará um tempo até juntar toda a documentação necessária para a aprovação de crédito e, conseqüentemente, conseguir a liberação da quantia a ser financiada;
- tente não comprometer mais do que 25% da sua renda familiar. Lembre que você terá outros gastos durante o período. Tenha sempre uma reserva para futuras eventualidades, como desemprego e doenças;
- quanto maior for seu valor de entrada, menor serão os juros das prestações e seu saldo devedor. Aproveite para usar o seu FGTS. Se você tiver algum valor de recurso próprio, utilize;
- quanto menos tempo você ficar pagando o financiamento, menos dinheiro você vai desembolsar no final da compra. As prestações podem ser aparentemente mais altas, mas os juros embutidos serão menores.
Fonte: Terra
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