O imóvel pode ser visto como qualquer outro tipo de aplicação financeira. Porém, como toda aplicação, devemos fazer contas para saber se é uma boa alternativa.
Vejamos quais variantes devemos levar em consideração na compra de um imóvel como aplicação:
Possivelmente a mais importante das análises a serem feitas é qual é o retorno mensal da aplicação? O retorno financeiro do negócio tem de ser maior que o retorno proporcionado pela caderneta de poupança. Neste caso estamos considerando a compra para aluguel.
Imóveis com rendimento percentual superior ao obtido no mercado financeiro são imóveis de baixo valor de compra. Considero imóveis de baixo valor de compra todos aqueles com valores de, no máximo, R$ 50.000,00. Estes são os imóveis que proporcionam as melhores taxas de retorno de aluguel. Por exemplo: um imóvel cujo valor de compra tenha sido de R$ 30.000,00 pode proporcionar um aluguel de R$ 400,00, que percentualmente representa um rendimento de 1,33% ao mês, ou seja, um rendimento maior que qualquer aplicação financeira e que, assim como na caderneta de poupança, não incide imposto de renda.
Uma outra compra muito boa é a de lojas. Pequenas lojas com os mesmos preços das casas mencionadas acima, proporcionam um rendimento ainda melhor, pois aluguéis comerciais são mais caros que os residenciais. Em muitos casos, inquilinos fazem reformas nas lojas para chamar atenção para seus pontos comerciais e estes benefícios são incorporados ao imóvel, sendo seus custos de responsabilidade total do inquilino.
Um ponto a ser considerado na hora da compra de imóveis de pequeno valor é que, apesar destes imóveis proporcionarem bons rendimentos com aluguéis, são imóveis que tem pouca valorização ao longo dos anos, assim, na hora da venda, terão valorizado muito pouco, mesmo que o prazo em questão seja de 15 ou 20 anos.
Raciocínio inverso ao de imóveis de pequeno valor é o de imóveis de alto valor. Considero imóveis de alto valor, os de preço de compra acima de R$ 300.000,00. Estes imóveis costumam render aluguéis, em termos percentuais, de não mais que 0,4% a 0,6%, valores menores que os da caderneta de poupança. Assim, se o objetivo for o de ganhar dinheiro com aluguel de imóvel destes preços, a idéia deve ser abortada. Todavia, há a compensação.
Estes imóveis são os que mais se valorizam ao longo do tempo. Quanto mais bem localizados, mais caros, mas também, mais se valorizam. Como exemplo, basta pegarmos quaisquer imóveis na orla de Copacabana no Rio de Janeiro, ou então, em Higienópolis, em São Paulo. Se compararmos seus preços de hoje com os praticados há 20 anos, teremos um crescimento percentual altíssimo, só comparado ao de mercado de ações no Brasil
Preste muita atenção: todos estes exemplos são de imóveis como aplicação financeira, não como residência.
Na hora de comprarmos nosso lar, onde iremos morar por muitos anos e onde criaremos nossos filhos, devemos levar outros fatores em consideração. Lógico que o fator valorização/desvalorização deve ser considerado, porém não deve vir em primeiro plano. Em primeiro lugar devemos considerar a nossa qualidade de vida e nosso conforto. A proximidade da escola das crianças, de supermercados, de praças, de shoppings e de tudo que possa proporcionar uma boa qualidade de vida para a nossa família.
Texto: Emerson Castello Branco Simenes
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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